domingo, 26 de abril de 2009

A Terapia Cognitiva Comportamental é uma abordagem psicoterapêutica fundamentado no modelo cognitivo, relacionando que emoção e o comportamento são determinados conforme a maneira que o indivíduo vivencia e interpreta o mundo. A TCC foi desenvolvida por Beck no início da década de 60. Beck desenvolveu estudos sobre a depressão, nos quais teve sua atenção despertada pelas características negativas do pensamento depressivo. Aos poucos, foi estruturando um modelo cognitivo da depressão.

Conclui-se que, independentemente das suas causas, a depressão poderia ser definida como sendo uma confusão do pensamento consciente, ou seja, os sintomas do paciente ocorreriam devido ao processamento cognitivo geralmente pessimista. Concluindo-se consciente, a aparição dos sintomas não estaria fora de controle do paciente, pois seu estado de humor e seu comportamento seriam conseqüência de uma visão distorcida de si, dos outros e do mundo. A psicoterapia seria a modificação desses pensamentos errôneos.

Desde então, muitas investigações confirmaram a validade da terapia cognitiva em relação ao transtorno depressivo, como o estudo do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA sobre depressão, em 1984. Atualmente, outros transtornos também se mostraram adequados e indicados para psicoterapia cognitiva comportamental. Os mais comuns são: transtornos da ansiedade, transtornos da personalidade, hipocondria, transtornos alimentares, problemas com abuso de álcool, portadores de disfunções sexuais, pacientes suicidas, esquizofrenia, transtornos bipolares, casais com dificuldades conjugais e síndrome do pânico.

A terapia cognitiva pode ser aplicada em pacientes de diversas idades e de diferentes níveis educacionais, econômicos ou culturais; podendo ser realizada individualmente ou em grupo. No tratamento, seja qual for o transtorno psicológico, deve-se identificar e modificar os pensamentos e crenças errôneas em relação à realidade que influenciam no estado de humor, no afeto e no comportamento dos indivíduos.

Essa forma de psicoterapia é uma abordagem ativa, onde o paciente e psicólogo estão interagindo a fim de que o próprio paciente aprenda a identificar e modificar seus pensamentos. É também diretiva, no sentido que se preocupa com acontecimentos do dia a dia, investigando pensamentos, sentimentos e comportamentos atuais do paciente, usando a história passada apenas quando para contribuir na compreensão de suas crenças.

A terapia cognitiva comportamental ainda é educativa, onde o terapeuta ensina o paciente o modelo cognitivo, a natureza do(s) seu(s) problema(s), o processo terapêutico e a prevenção de recaída. Além de estruturadas, as sessões são pré-definidas em conjunto e de prazo limitado. Essa abordagem terapêutica utiliza tarefas de casa que auxiliam o cliente na reflexão fora do consultório, assim como a utilização de técnicas de modificação de comportamento.

O objetivo final desse processo psicoterapêutico é proporcionar maior qualidade de vida ao cliente, através do conhecimento de si próprio.